No último dia 17 de junho, o Pacto Pela Democracia realizou a segunda edição dos Diálogos Democráticos, uma série de encontros que tem buscado pautar temas fundamentais para pensar a democracia e a política no Brasil, com o tema “Qual o papel dos partidos na democracia hoje?”, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP).
Aberto ao público e com cerca de 200 participantes, o evento trouxe pesquisadores, movimentos, atores políticos e partidos para compartilharem o que têm feito para superar a desconfiança e fortalecer a construção democrática no país, mediando diferentes interesses da sociedade e buscando responder a provocação inicial sobre a responsabilidade das legendas na construção democrática.
Mediado pela jornalista Paula Miraglia, o debate iniciou o primeiro bloco com a participação dos professores André Singer (USP), Rachel Meneguello (Unicamp) e do consultor Vítor Oliveira (Pulso Público), que trouxeram análises e contribuições sobre as legendas e seus eleitores, o papel dos conselhos de participação e sua importância para a democracia, além dos desafios enfrentados pelos partidos na atual conjuntura política.
“Toda crise é também uma oportunidade. Mas é preciso colocar o pé no chão e, infelizmente, a crise da democracia brasileira está se agravando. Nossa função é salvaguardá-la neste momento, pois sabemos o quanto foi difícil chegar até aqui”, afirmou André Singer ao encerrar o primeiro bloco.
O segundo bloco foi composto por representantes da política partidária. Participaram do debate o ex-deputado federal Floriano Pesaro (PSDB), a co-deputada estadual Mônica Seixas (Bancada Ativista/PSOL), o deputado federal Paulo Teixeira (PT) e a deputada federal Renata Abreu (Podemos).
“O nível de confiança dos brasileiros nos partidos políticos é de 9%, um dos menores da América Latina. Mais de 80% dos brasileiros não se sentem representados por partido político nenhum”, destacou Renata Abreu, presidente do Podemos.
Além disso, as figuras políticas abordaram aspectos sobre o financiamento de campanhas e a distribuição de recursos entre candidaturas, as disputas internas nas legendas, a possibilidade de diálogos e construção de frente entre partidos com afinidades programáticas, dentre outros pontos.
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